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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

CORRIDA, SIMPLICIDADE E PAIXÃO

Oi, gente amiga !!
Li estes tempos uma reportagem sobre o quanto mudaram as corridas de rua. Achei o texto emocionante e vejam se ela não tem razão. É da Revista Contra-Relógio a matéria. Lá vai :

"FALTA SIMPLICIDADE E PAIXÃO". A bióloga Adriana Souza de Toledo Piza, de 44 anos, de São Paulo, participou de sua primeira prova em 1983, aos 16 anos. "Vi a propaganda de uma corrida feminina, Circuito Avon de 10 km. Não tive dúvida, me inscrevi. Depois dessa não parei mais. Era pouca gente participando e a maioria dos corredores se conhecia".

Em 2001, por conta do nascimento de seu primeiro filho, Adriana deu um tempo nas competições. Ficou 10 anos afastada. "Antes mesmo de voltar a fazer uma prova, em 2010, tive um primeiro choque ao ir correr em um sábado na USP, o que também havia deixado de fazer por anos. Ao chegar de carro, falei para meu marido ir devagar porque devia estar acontecendo algum evento, pois tinha muita gente correndo. Achei que estávamos invadindo uma corrida oficial. Mas eram apenas as pessoas treinando. Há 10 anos não havia nada disso. As assessorias eram poucas, uma aqui outra ali... Comecei a ver que tudo havia mudado e agora havia muita gente correndo!"


Quando resolveu voltar a participar das provas de rua também ficou impressionada com tantas opções. "Mais de uma corrida no mesmo final de semana, às vezes três ou quatro. Podia escolher à vontade, distâncias variadas, em diferentes locais da cidade. Optei por uma prova de 5 km, distância que sempre gostei, e na Ponte Estaiada, novo cartão-postal da cidade. Fui sozinha, sem saber o que iria encontrar e como seria a sensação uma década depois".


Com mais duas corridas acontecendo na cidade naquele mesmo dia, Adriana achou que seu retorno seria bem calmo... "Quando cheguei ao local para retirada do chip, havia filas enormes. O que era aquilo? De onde veio tanta gente? Todo mundo resolveu correr? A quantidade de pessoas foi o que mais me chocou, quantidade essa que só via na São Silvestre".


Ao final da prova, uma surpresa: ela foi a terceira colocada geral. "Isso foi outra coisa que me chocou: aquele mar de gente, eu 10 anos mais velha, com tempos muito aquém dos que fazia antes, e ainda assim consegui uma ótima colocação. Aí me dei conta que tudo mudou: o público era outro. A corrida se popularizou, o que é ótimo. Porém o número de atletas que correm forte não aumentou e eles ficaram divididos em várias corridas. Fui embora contente, mas com a sensação de que a corrida de rua havia mudado. Não era mais como antigamente, o que não era ruim, eu precisava apenas me adaptar à nova era".


Nas corridas que fez depois, passou a notar também a forte presença da tecnologia. "Deparei-me com totens com tempos parciais eletrônicos em cada quilômetro e chip descartável. Sou da época em que nem havia chip. Corríamos com um monte de filipetas pregadas no número de peito e íamos colocando em sacos plásticos em determinados pontos pelo caminho. No final, a última filipeta era entregue e colocada em ordem de chegada em espetos de metal. E o pós prova? Temos hoje as dezenas de assessorias com barracas oferecendo toda infra-estrutura para a chegada, com frutas, isotônicos, massagem, coisas que nem sonhávamos antes. E a divulgação dos resultados? Antigamente eles eram afixados um período após a corrida ali mesmo no local e, dependendo da prova, ainda saíam em algum jornalzinho ou folheto e só. Agora está tudo na internet, fotos, filmagens... Um verdadeiro comércio se instalou".


Adriana é enfática em dizer que considera ótimo que a corrida tenha atraído tantas pessoas. "Mas sinto que falta um pouco daquele sentimento de simplicidade, de paixão, de contemplação... A corrida proporciona não só um bem-estar físico, mas emocional e espiritual também. Antes fazíamos a corrida de forma mais natural. Tudo que precisávamos era de um par de tênis, shorts, camiseta e às vezes um relógio com cronômetro. Hoje muita gente acaba se perdendo em itens que não existiam antes, como tocadores de música tecnológicos e relógios com milhares de informações. A meu ver, isso leva a correr em ‘modo automático'. A pessoa segue distraída pela música e sem se preocupar com o que o corpo diz, pois o que vale é a informação do relógio. O gostoso desse esporte é justamente a concentração que ele possibilita, é correr observando a paisagem, ouvir diferentes sons, sentir o próprio corpo, conhecer seus limites."

Concordo cem por cento com os argumentos dela ...

* * *

TREINO DE HOJE :

5   KM  CORRENDO

+   MUSCULAÇÃO

+   2   KM  CAMINHANDO

* * *
Esta foto é de quando eu comecei a correr mais intensamente ... deve ter uns dez, onze meses.

4 comentários:

  1. Meus parabéns!

    Meu sonho é correr! :)
    Eu chego lá!

    Bjs

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  2. Ficam aqui meus sinceros votos de um ano novo cheio de paz, saúde e novas conquistas!

    Bjinhus Cute.

    http://cutetapemeasure.blogspot.com.br/

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  3. Ivana boa informação tudo isso é o que a corrida nos proporciona...showww...
    Bons treinos e bom final de semana.

    Jorge Cerqueira
    www.jmaratona.com

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  4. Ótimo texto, me fez parar para pensar. Às vezes fico tão focado em um resultado, que esqueço de curtir a prova. Porém, nas últimas, consegui correr me divertindo e aproveitando o momento.

    Abraços,

    Danilo Confessor
    Blog Confissões de um Confessor

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